A IMPORTÂNCIA DA FALA

“SEMPRE ENCONTRE A CORAGEM DE FALAR E O DESEJO DE ESCLARECER. PORQUE OS SILÊNCIOS PESAM COMO PEDRAS. AS PEDRAS SE TRANSFORMAM EM MUROS. E OS MUROS, ENFIM, SEPARAM.”

As costas doem, a garganta fecha, o estômago pesa, o sono não vem...e os dias seguem iguais. É assim que milhões de pessoas se sentem, é assim que milhões de pessoas se descrevem, é assim que milhões de pessoas vivem. Não há receita de bolo para tudo na vida, difícil saber onde a coisa começa, mas é fácil saber onde ela termina: NA MENTE, NO EMOCIONAL E NO FÍSICO.

Aprender a falar, todos aprendemos desde a mais tenra idade. A questão às vezes é o que está por trás do que se fala, ou pior, do que não se fala. Jogamos muita conversa fora, mas o mais difícil é falar de sentimentos, de coisas que estão guardadas em nossas gavetinhas lá no fundo do nosso armário interior.

A maioria das pessoas que iniciam uma terapia ou análise, num determinado momento tendem a parar, a priorizar outras coisas e não ter mais tempo para aquilo. “Aquilo” é algo que está sendo retirado das suas gavetinhas e está te causando dor, sofrimento e tirando você da sua zona de conforto. É nesse momento que não se deve parar, é nesse momento que, apesar de te rasgar por dentro, você deve entrar em contato com as suas falas e suas reações. A terapia ou análise nos coloca no processo de autoconhecimento, além de elaborarmos questões que carregamos por anos, passamos a olhar as situações e a vivenciá-las de forma diferente, com mais leveza.

As relações interpessoais mudam, melhoram, pois podemos falar com mais abertura e clareza o que pensamos e sentimentos. Aprendemos a nos colocar sem magoar a nós mesmos nem a ninguém.

Nem sempre vamos encontrar interlocutores dispostos a uma troca sadia. Uns por não conseguir verbalizar e outros, por não querer expor suas fragilidades. Tudo tem um custo...falar ou calar.

Mas ainda acredito que “falar” constrói pontes, agrega confiança e é libertador.

Texto de Ana Paula Silveira